quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Considerações finais

É comum observar em competições promovidas pelas escolas, o professor-educador, mesmo sabendo da responsabilidade de seu papel torna-se impotente frente à demanda da direção e dos pais, sim, pois os pais, desinformados da importância que os jogos competitivos tem na formação de seus filhos, quando bem orientados, preocupa-se com que a criança seja “o melhor” ou “o campeão”. Por sua vez a direção, preocupada em manter os pais satisfeitos e a atrair novos alunos, mesmo consciente do papel da educação física e do esporte escolar, promove competições onde, por exemplo, geralmente um pai é escolhido como técnico da equipe de seu filho colocando-se, na maioria das vezes a gritar no canto da quadra como se falasse com atletas adultos, quando todos poderiam jogar pelo mesmo período de tempo, uns são excluídos e substituídos por não ser tão hábeis, mesmo se tratando de crianças que ainda não possuam habilidades motoras “maduras”, pois o único objetivo naquele momento é vencer. Realmente, é um momento e tudo passa, não passando somente para aquele que foi o preterido é muitas vezes constrangido. E, pode ser, quem sabe, esse o dia que esta criança torne-se um futuro adulto sedentário. Assim, a instituição educacional - pedagógica falhou e continuará a falhar, se não assumir uma postura ética e de coragem a dizer “não” para a sedução que o esporte exerce sobre todos nós, criando ao grande ilusão: “importante é vencer, a qualquer custo”.

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